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Conceitos Básicos da Programação

Existem alguns conceitos básicos que são importantes entender quando se começa a aprender a programar:

  1. Variáveis: são espaços na memória do computador onde podemos armazenar valores. Cada variável tem um nome e um tipo (por exemplo, inteiro, ponto flutuante, caractere, etc.).
  2. Operadores: são símbolos que representam operações matemáticas ou lógicas, como adição, subtração, multiplicação, divisão e comparação.
  3. Condicionais: são estruturas de código que permitem tomar decisões baseadas em condições específicas. Por exemplo, podemos usar um condicional “se” para verificar se um número é maior que outro e, se for, realizar uma ação.
  4. Laços: são estruturas de código que nos permitem repetir um bloco de código várias vezes. Por exemplo, podemos usar um laço “para” para percorrer uma lista de números e realizar uma ação para cada um deles.
  5. Funções: são trechos de código que podem ser reutilizados em vários lugares do programa. Cada função tem um nome e pode receber argumentos (valores que são passados para a função) e retornar um valor (que é o resultado da execução da função).
  6. Objetos: são entidades que representam coisas ou conceitos do mundo real e possuem propriedades (atributos) e comportamentos (métodos). Em programação orientada a objetos, os objetos são criados a partir de classes, que são moldes para a criação de objetos.

Variáveis

Variáveis são espaços na memória do computador onde podemos armazenar valores. Cada variável tem um nome e um tipo, que determina o tipo de dado que ela pode armazenar (por exemplo, inteiro, ponto flutuante, caractere, etc.).

Para criar uma variável em muitas linguagens de programação, precisamos especificar o seu tipo e o seu nome, e, opcionalmente, atribuir um valor inicial a ela. Por exemplo, em Python, podemos criar uma variável inteira chamada “idade” assim:

int idade = 25;

Depois de criarmos uma variável, podemos alterar o seu valor a qualquer momento atribuindo um novo valor a ela. Por exemplo:

idade = 26;

Podemos também ler o valor armazenado em uma variável e utilizá-lo em expressões ou outras partes do código. Por exemplo:

int anos = idade / 365;  // Calcula o número de anos a partir da idade em dias

Operadores

Operadores são símbolos que representam operações matemáticas ou lógicas em uma linguagem de programação. Eles são usados ​​para realizar cálculos, comparar valores ou alterar o fluxo de execução de um programa. Alguns exemplos comuns de operadores são:

  1. Aritméticos: operadores que realizam operações matemáticas básicas, como adição (+), subtração (-), multiplicação (*) e divisão (/).
  2. Atribuição: operadores que atribuem um valor a uma variável. O operador mais comum é o sinal de igual (=), que atribui o valor à direita para a variável à esquerda. Exemplo: x = 5;
  3. Comparação: operadores que comparam dois valores e retornam um valor lógico (verdadeiro ou falso) dependendo da comparação. Alguns exemplos são: maior que (>) , menor que (<), igual a (==) e diferente de (!=).
  4. Lógicos: operadores que realizam operações lógicas, como E (&&) e OU (||). Eles são usados ​​para combinar expressões lógicas e retornar um valor lógico.

Os operadores têm uma precedência, ou seja, uma ordem de execução. Por exemplo, as operações aritméticas são geralmente executadas antes das operações de atribuição. Também podemos usar parênteses para alterar a ordem de execução dos operadores.

Condicionais

Condicionais são estruturas de código que nos permitem tomar decisões baseadas em condições específicas. Isso é útil quando queremos que o programa execute uma ação ou conjunto de ações somente se determinada condição for verdadeira.

A sintaxe para criar uma condicional varia de acordo com a linguagem de programação, mas geralmente envolve a palavra-chave “se” seguida de uma expressão lógica (que é avaliada como verdadeira ou falsa) e um bloco de código que será executado se a expressão for verdadeira. Por exemplo, em Python, podemos escrever uma condicional assim:

if idade >= 18:
  print("Você é maior de idade.")

Neste exemplo, o bloco de código “print(“Você é maior de idade.”)” só será executado se a variável “idade” for maior ou igual a 18.

Podemos também usar a palavra-chave “senão” para especificar o que acontecerá se a expressão for falsa. Por exemplo:

if idade >= 18:
  print("Você é maior de idade.")
else:
  print("Você é menor de idade.")

Podemos também usar a palavra-chave “senão se” para criar condicionais encadeadas, em que várias expressões são testadas até que uma seja verdadeira. Por exemplo:

if idade < 18:
  print("Você é menor de idade.")
elif idade < 65:
  print("Você é adulto.")
else:
  print("Você é idoso.")

Neste exemplo, a primeira expressão é testada primeiro. Se for verdadeira, o programa imprime “Você é menor de idade.”. Se for falsa, a segunda expressão é testada. Se ela for verdadeira, o programa imprime “Você é adulto.”. Se ambas as expressões forem falsas, o programa imprime “Você é idoso.”.

Laços

Laços são estruturas de código que nos permitem repetir um bloco de código várias vezes. Isso é útil quando queremos realizar a mesma ação para vários valores ou itens em uma sequência.

Existem dois tipos básicos de laços: laços “para” e laços “enquanto”.

O laço “para” é usado para percorrer uma sequência de valores ou itens. Ele tem a seguinte sintaxe:

for item in sequencia:
  # código a ser executado para cada item

Por exemplo, em Python, podemos usar um laço “para” para percorrer uma lista de números e exibir cada um deles na tela:

numeros = [1, 2, 3, 4, 5]
for numero in numeros:
  print(numero)

O laço “enquanto” é usado para repetir um bloco de código enquanto uma determinada condição for verdadeira. Ele tem a seguinte sintaxe:

while condicao:
  # código a ser executado enquanto a condição for verdadeira

Por exemplo, em Python, podemos usar um laço “enquanto” para exibir os números de 1 a 5:

numero = 1
while numero <= 5:
  print(numero)
  numero = numero + 1

É importante lembrar de incluir um código que altere a condição de forma que ela eventualmente se torne falsa, senão o laço ficará em execução para sempre (um laço “infinito”).

Funções

Funções são trechos de código que podem ser reutilizados em vários lugares do programa. Elas são úteis para dividir o código em partes menores e mais fáceis de entender e manter. Cada função tem um nome e pode receber argumentos (valores que são passados para a função) e retornar um valor (que é o resultado da execução da função).

A sintaxe para criar uma função varia de acordo com a linguagem de programação, mas geralmente envolve a palavra-chave “def” seguida pelo nome da função e, entre parênteses, os argumentos da função. Em seguida, vem o corpo da função, que é o código que será executado quando a função for chamada. Por exemplo, em Python, podemos criar uma função que recebe dois números e retorna a sua soma assim:

def soma(x, y):
  return x + y

Para chamar uma função, basta escrever o seu nome seguido de parênteses e, se necessário, passar os argumentos para ela. Por exemplo:

resultado = soma(2, 3)  # resultado vai receber o valor 5

As funções também podem ter um argumento opcional, que é um argumento que pode ou não ser passado na chamada da função. Se o argumento não for passado, ele assume um valor padrão. Por exemplo, em Python, podemos criar uma função que recebe um número e um expoente e retorna o número elevado ao expoente assim:

def potencia(x, expoente=2):
  return x ** expoente

Neste exemplo, o expoente é opcional, ou seja, podemos chamar a função com apenas um argumento e o expoente será assumido como 2. Por exemplo:

resultado = potencia(2)  # resultado vai receber o valor 4

Também podemos passar um valor para o expoente se quisermos:

resultado = potencia(2, 3)  # resultado vai receber o valor 8

Objetos

Objetos são entidades que representam coisas ou conceitos do mundo real e possuem propriedades (atributos) e comportamentos (métodos). Em programação orientada a objetos, os objetos são criados a partir de classes, que são moldes para a criação de objetos.

Para entender melhor, imagine que você quer criar um programa que gerencie uma biblioteca. Você pode criar uma classe “Livro” que representa um livro e tem atributos como título, autor, editora e número de páginas. Você também pode criar métodos para emprestar ou devolver o livro.

A sintaxe para criar uma classe varia de acordo com a linguagem de programação, mas geralmente envolve a palavra-chave “class” seguida pelo nome da classe e um bloco de código que define os atributos e métodos da classe. Por exemplo, em Python, podemos criar a classe “Livro” assim:

class Livro:
  def __init__(self, titulo, autor, editora, num_paginas):
    self.titulo = titulo
    self.autor = autor
    self.editora = editora
    self.num_paginas = num_paginas
    self.emprestado = False

  def emprestar(self):
    if self.emprestado:
      print("O livro já está emprestado.")
    else:
      self.emprestado = True
      print("Livro emprestado com sucesso.")

  def devolver(self):
    if not self.emprestado:
      print("O livro já está disponível.")
    else:
      self.emprestado = False
      print("Livro devolvido com sucesso.")

Para criar um objeto a partir da classe “Livro”, basta usar o seu nome seguido de parênteses e passar os argumentos necessários para o construtor da classe (que é o método “init“). Por exemplo:

livro1 = Livro("O Morro dos Ventos Uivantes", "Emily Brontë", "Editora X", 400)

Depois de criarmos um objeto, podemos acessar os seus atributos e métodos usando o ponto (.) seguido pelo nome do atributo ou método. Por exemplo:

print(livro1.titulo)  # imprime "O Morro dos Ventos Uivantes"
livro1.emprestar()  # marca o livro como emprestado

Essa é uma visão geral dos objetos em programação orientada a objetos. Existem muitos outros conceitos e técnicas relacionados a esse paradigma, como herança, polimorfismo e encapsulamento, que podem ser explorados.

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